O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) atendeu a um pedido do Partido Socialista Brasileiro (PSB), liderado pela candidata à prefeitura de São Paulo Tabata Amaral, e determinou a remoção das contas de redes sociais de Pablo Marçal, candidato pelo Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB). A decisão, proferida dois dias após a divulgação de uma pesquisa Datafolha que coloca Marçal empatado em segundo lugar com Guilherme Boulos (PSOL) e à frente do atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), causou grande repercussão no cenário político.
Pablo Marçal, conhecido por sua posição como outsider e por suas pautas de direita, tem se destacado por utilizar as redes sociais como principal plataforma de comunicação com o eleitorado. Sem direito a tempo de TV devido ao PRTB não cumprir os requisitos mínimos estabelecidos pela legislação eleitoral, as redes sociais eram o principal meio pelo qual Marçal promovia sua campanha e engajava seus seguidores.
A decisão do TRE-SP levanta questões sobre a paridade no pleito eleitoral, uma vez que, com a exclusão das contas de Marçal, ele se vê em clara desvantagem em relação aos seus adversários, que além de tempo de TV, continuam a utilizar suas redes sociais para promoverem suas campanhas. A remoção das contas de Marçal gera um impacto significativo em sua capacidade de continuar crescendo nas pesquisas, como vinha acontecendo nas últimas semanas.
Marçal já confirmou que pretende recorrer da decisão, e a situação tem provocado uma onda de solidariedade entre políticos e personalidades públicas, que veem na medida uma tentativa de cerceamento da liberdade de expressão e uma interferência indevida no processo eleitoral. Diversos líderes políticos se manifestaram em defesa do candidato, argumentando que a exclusão das redes sociais prejudica o debate democrático e favorece candidatos que já possuem maiores recursos e visibilidade midiática.
A controvérsia promete esquentar os ânimos da campanha eleitoral em São Paulo, evidenciando as tensões entre os diferentes candidatos e suas estratégias de campanha. Resta saber como a Justiça Eleitoral vai se posicionar diante do recurso de Marçal e qual será o impacto dessa decisão nas urnas.