O verão de 2024 no norte global registrou as temperaturas médias globais mais altas já medidas, segundo o observatório europeu Copernicus. Durante os meses de junho, julho e agosto, o planeta enfrentou o verão mais quente já registrado no hemisfério norte, ultrapassando o recorde de 2023. O relatório divulgado nesta sexta-feira (6) destaca que agosto de 2024 igualou o recorde de temperatura do ano anterior, com 1,51°C acima da média pré-industrial (1850-1900), superando o limite de 1,5°C estabelecido pelo Acordo de Paris.
Nos últimos 12 meses, a temperatura média global foi 1,64°C mais alta que no período pré-industrial. Especialistas afirmam que 2024 pode se tornar o ano mais quente já registrado. A elevação das temperaturas tem sido impulsionada por um aquecimento sem precedentes dos oceanos, que absorveram 90% do calor excedente gerado pela atividade humana.
Além disso, vários países, como China, Espanha e Japão, reportaram níveis recordes de calor em agosto. A China, por exemplo, registrou o mês de agosto mais quente desde 1961, com temperaturas médias 1,5°C acima do normal. O aquecimento global também aumenta o risco de eventos climáticos extremos, como ciclones e inundações.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) classificou os recordes de calor como um “alerta vermelho”, destacando a necessidade urgente de mais recursos para monitorar e mitigar os impactos das mudanças climáticas.