O partido Vente Venezuela, sob a liderança da opositora María Corina Machado, denunciou neste domingo (29) a prisão de dois membros de sua equipe de segurança, Milciades Ávila e Edwin Moya. De acordo com a denúncia, ambos foram sequestrados por agentes das forças repressivas do regime de Nicolás Maduro, e seus paradeiros permanecem desconhecidos. “Exigimos saber onde estão e a sua liberdade imediata!”, declarou o partido em sua conta no Twitter/X.
Milciades Ávila, chefe de segurança de Machado, já havia sido detido anteriormente, em 17 de julho, sob acusações de violência de gênero, mas foi liberado no dia seguinte. Desde a eleição presidencial de 28 de julho, o regime de Maduro intensificou a repressão contra opositores, levando a um clima de perseguição política acentuado.
Apesar de alegações de fraude, o Conselho Nacional Eleitoral, controlado pelo chavismo, declarou Maduro vencedor da eleição, o que gerou um aumento na repressão. Na última quinta-feira (26), o líder opositor Pedro Guanipa foi preso por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) enquanto tentava embarcar para Bogotá, somando-se a uma lista de pelo menos 26 líderes políticos detidos desde as eleições.
Essas detenções são vistas como parte de uma estratégia do regime para intimidar e enfraquecer qualquer resistência. A situação tem gerado crescente preocupação internacional, com diversos organismos condenando as violações dos direitos humanos e a repressão sistemática sob o governo Maduro. A prisão de Ávila e Moya é interpretada por muitos como uma manobra para neutralizar a oposição, exacerbando ainda mais o clima de tensão política no país.