O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou o arquivamento da investigação contra o candidato da oposição, Edmundo González, após sua ida à Espanha. Em agosto, Saab havia solicitado a prisão de González, que foi acatada pela Justiça. No entanto, o oposicionista estava foragido e deixou o país no último fim de semana, com salvo-conduto concedido pelo governo venezuelano, conforme informado pela vice-presidente Delcy Rodríguez.
Após chegar à Espanha como asilado político, González enviou uma mensagem aos venezuelanos relatando episódios de pressão e ameaças antes de sua saída. A líder opositora Maria Corina Machado afirmou que a vida de González corria perigo e que ele enfrentou crescentes ameaças e intimidações. Ela declarou que, apesar do exílio, González continuará lutando pela Venezuela ao lado da diáspora, enquanto ela permanece no país. O alto representante da União Europeia, Josep Borrel, classificou o ocorrido como “um dia triste para a democracia da Venezuela”, enquanto a Secretaria Geral da OEA responsabilizou o governo venezuelano por forçar o exílio do candidato. A decisão de González de deixar o país dividiu a opinião pública entre aplausos e críticas.