Leonardo Pinheiro, jornalista, ativista político e líder comunitário, ganhou notoriedade em Araruama ao assumir a responsabilidade de lutar por justiça e inclusão social para as comunidades carentes de seu município. Conhecido como Leo Pinheiro, ele deu voz às classes menos favorecidas em sua luta contra a omissão do poder público, tornando-se um expoente que gerava esperança aos mais pobres e, consequentemente, incomodava os poderosos com sua conduta intrépida e retórica realista de confronto. Essa conduta resultava em constantes denúncias dos desmandos da gestão municipal à sua época.
Leonardo Pinheiro escrevia, filmava e fotografava, registrando o cotidiano de sua população e sempre confrontando o poder público, com o fato e a realidade vivenciada por seu povo como seus principais instrumentos. O trabalho que realizava evidenciava seu senso de humanidade e clamor por justiça social, chegando aos patamares mais altos da esfera de poder local como uma voz insuportável e ameaçadora.
Segundo relatos de amigos e pessoas próximas ao líder comunitário, Leo Pinheiro se queixava das inúmeras ameaças que sofria por parte de políticos locais ligados ao poder vigente. Em uma entrevista exclusiva dada ao cic7noticias, um amigo de Leo revelou que, às vésperas de sua morte, o jornalista foi procurado por homens ligados ao governo de Araruama que, em tom intimidador e com uma bolsa cheia de dinheiro, tentaram persuadi-lo a desistir do trabalho que realizava, pegar o dinheiro e sair da cidade com sua família. “Leo não se corrompeu e por isso foi morto dias depois”, diz o amigo ao relatar o caso.
De acordo com pessoas próximas ao jornalista, Leo, por inúmeras vezes, se via coagido a parar seu trabalho e sempre que era aconselhado a recuar, deixava claro que sua covardia nunca seria combustível para os opressores de seu município. “Leo sabia do valor do trabalho que fazia e a importância de seu engajamento em prol da justiça; visava uma sociedade mais humana e acreditava no legado que estava construindo”. A coragem e intrepidez de Leonardo Pinheiro desafiaram de tal maneira o poder vigente que surgem no cenário Alan Marques e um comparsa, responsáveis por silenciar “A Voz Araruamense” que tanto bradou em favor de sua gente.
Leo Pinheiro foi covardemente assassinado por Alan Marques e seu comparsa, vulgo Kekei, com três tiros na cabeça em plena luz do dia enquanto fazia o que mais gostava, que era entrevistar pessoas das periferias de Araruama buscando ouvi-las em suas queixas. O Sgt. PM Alan Marques foi candidato a vereador na mesma localidade onde Leo Pinheiro desenvolvia um projeto social de apoio a famílias carentes. Em relato ao cic7noticias, amigos da vítima disseram que a esposa do PM, Elisabete Faria Abreu, também conhecida como Bete de Alan Marques, fazendo alusão à sua lider política também conhecida como Lívia de Chiquinho. O casal também faz campanha e aparece em fotografias com a atual prefeita de Araruama Livia Soares Bello da Silva, a Livia de Chiquinho (PP). Chefe do executivo que constantemente era questionado nas inúmeras incursões feitas por Léo Pinheiro às unidades de saúde à época.
Em entrevista exclusiva ao repórter Vitor Notórios de Paula, a viúva e a irmã de Léo Pinheiro registraram um desabafo comovente.
“Boa tarde, Vitor, vi que o seu trabalho se assemelha muito ao do meu irmão. Hoje é um dia extremamente doloroso, mas meu irmão combateu um bom combate e guardou a fé. Eu acredito que sua morte não foi em vão e que tudo será revelado no seu devido tempo. O Ministério Público tem se dedicado ao caso e agradeço a todos os envolvidos. Acredito que essa “morosidade” seja importante para desvendar a principal motivação do assassinato do meu irmão. Cremos na justiça dos homens, mas cremos ainda mais na justiça de Deus. Meu irmão não será apenas uma estatística; o castelo de areia vai se desfazer e, muito em breve, todos os culpados pela morte do meu irmão pagarão por terem destruído o sonho de um homem de Deus, de um marido honrado e um pai dedicado. Eles podem ter calado a voz de um justo, mas não irão calar a verdade, e a verdade sempre prevalecerá.”
O caso, inicialmente investigado pela 118ª DP e hoje aos cuidados do Ministério Público, segue em segredo de justiça. Já os assassinos, mesmo presos, ainda não foram levados a julgamento. A lentidão do processo e a ausência de uma sentença tornam-se cruciantes ao mesmo tempo que parentes, amigos da vítima e toda uma sociedade clamam por justiça ao se perguntar: QUEM MANDOU MATAR LÉO PINHEIRO?
Léo Pinheiro foi assassinado em 13 de maio de 2020 e até hoje o mandante não foi descoberto.
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