O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU-RJ) registrou um aumento de 34% nas ligações durante os dias mais quentes de janeiro, de acordo com dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ). Enquanto a média diária de chamadas ao longo do mês foi de 1.775, entre 16 e 22 de janeiro, período de temperaturas elevadas, os atendimentos subiram para 2.379 por dia.
As principais queixas relatadas foram sintomas neurológicos, problemas cardiovasculares e quedas. Segundo a coordenadora-geral do SAMU-RJ, coronel Bárbara Alcântara, a alta nos atendimentos reforça a necessidade de cuidados especiais.
“O excesso de calor pode motivar o aumento da demanda médica. Por isso, a observação desses eventos nos permite redobrar os cuidados. É importante se hidratar, evitar exposição prolongada ao sol e buscar locais frescos sempre que possível”, explicou a coordenadora.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) monitora os impactos das altas temperaturas na saúde por meio do painel Monitora RJ, que analisa os riscos do calor extremo com até cinco dias de antecedência. A ferramenta, disponível no site monitorar.saude.rj.gov.br, classifica as condições climáticas em quatro níveis de alerta: sem excesso de calor, excesso de calor leve, severo ou extremo.
“Os efeitos das altas temperaturas podem ser graves e até fatais. O aumento dos atendimentos do SAMU nos dias mais quentes de janeiro mostra a relação direta entre o calor e a saúde da população”, destacou Luciane Velasque, superintendente de informações estratégicas da SES-RJ.
Os idosos e as crianças são os mais vulneráveis às temperaturas elevadas e requerem atenção redobrada. As UPAs e hospitais estaduais estão operando 24 horas por dia para atender casos emergenciais.
A coordenadora de saúde da criança da SES-RJ, Roberta Serra, alerta para os principais sintomas de alerta causados pelo calor excessivo, como transpiração intensa, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, confusão mental, pele avermelhada, diarreia e vômitos.
“Caso a criança apresente esses sinais, os pais devem oferecer água, mantê-la em um ambiente fresco e buscar atendimento médico imediato”, orienta a especialista.
