Moradores da Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro, denunciam que milicianos passaram a cobrar taxas de quem deseja vender ou se mudar da comunidade. Além da mensalidade de R$ 70 já exigida dos moradores, a quadrilha agora exige 20% do valor da venda de imóveis, ou repassa a cobrança para o comprador.
As extorsões incluem ainda uma “taxa de reforma”, impedindo os moradores de realizar obras sem pagar à milícia. Pequenos comerciantes também continuam sendo alvo, com cobranças que variam entre R$ 50 e R$ 80, atingindo até vendedores ambulantes e prestadores de serviço.
A região, com 21 mil habitantes, é palco de disputas entre milicianos e traficantes. Em fevereiro, Fabio Paulo Ramalho, ex-presidente da Associação de Moradores, foi morto a tiros na sede da entidade, supostamente devido à cobrança ilegal de taxas. A polícia investiga o crime e, no mesmo mês, prendeu três suspeitos em uma operação na localidade Dois Irmãos.