A 36ª Vara Criminal da Capital do Rio de Janeiro absolveu nesta terça-feira (22) os últimos réus do processo criminal que investigava responsabilidades pelo incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, ocorrido em 8 de fevereiro de 2019. A tragédia resultou na morte de dez atletas das categorias de base e deixou três feridos.
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Segundo a decisão judicial, não há provas suficientes de que os acusados tenham atuado de forma direta no episódio. O juízo ressaltou que não é possível imputar responsabilidade penal apenas pelo cargo ocupado, sem comprovação de conduta ou omissão determinante para o incêndio.
Foram absolvidos: Antônio Márcio Mongelli Garotti (diretor-financeiro), Marcelo Maia de Sá (diretor-adjunto de patrimônio), Danilo Duarte, Fábio Hilário da Silva e Weslley Gimenes (engenheiros responsáveis pelos contêineres), Cláudia Pereira Rodrigues (responsável pela assinatura de contratos da NHJ) e Edson Colman (sócio da Colman Refrigeração, empresa que fazia a manutenção do ar-condicionado). A punibilidade de Eduardo Bandeira de Mello, então presidente do clube, foi extinta devido ao tempo decorrido desde o início do processo. Parte dos demais denunciados já havia sido excluída em fases anteriores da investigação.
O incêndio ocorreu por volta das 5h da manhã, nos alojamentos construídos em contêineres. Um problema no ar-condicionado teria iniciado o fogo, que se espalhou rapidamente devido ao material utilizado na estrutura. O treinamento do elenco profissional, previsto para aquela manhã, foi cancelado.
O caso também envolveu acordos de indenização com as famílias das vítimas. Este ano, o Flamengo firmou acordo com a última família que ainda não havia recebido compensação, a do goleiro Christian Esmério.
Atletas mortos no incêndio: Athila Paixão (14), Arthur Vinícius Freitas (14), Bernardo Pisetta (15), Christian Esmério (15), Gedson Santos (14), Jorge Eduardo (15), Pablo Henrique Matos (14), Rykelmo Viana (16), Samuel Thomas Rosa (15) e Vitor Isaias (15).
