O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, voltou a ser alvo de controvérsias após a divulgação de uma foto, nesse domingo (20), no qual aparece ao lado de Edgar Alves de Andrade, vulgo “Doca” ou “Urso”, líder do Comando Vermelho (CV) no Complexo da Penha, conversando com um integrante do Terceiro Comando Puro (TCP), conhecido como “Cocão da Serrinha”. A gravação, publicada em redes sociais e amplamente compartilhada, intensificou as acusações da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) contra o rapper, que já foi indiciado por associação ao tráfico, resistência qualificada, dano ao patrimônio público e desacato após uma operação em sua residência no Joá.
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A operação da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) visava cumprir um mandado de busca e apreensão contra um adolescente de 17 anos, conhecido como “Menor Piu”, acusado de roubo de veículos e de atuar como segurança de Doca. Durante a ação, Oruam e amigos teriam reagido com xingamentos e pedradas contra os policiais, ferindo um agente e permitindo a fuga do menor. Após escapar, o rapper postou vídeos desafiando a polícia desde o Complexo da Penha, afirmando: “Tô aqui na Penha, vem me pegar! Sou filho do Marcinho VP!”
O vídeo da chamada, que mostra Oruam ao lado de Doca, apontado como responsável por mais de 100 homicídios, incluindo a morte de três crianças em Belford Roxo (2021) e de uma turista em 2024, conversando com Cocão, ligado ao TCP, levanta questões sobre a relação do rapper com líderes de facções rivais. Doca, conhecido por sua violência e assistencialismo na Vila Cruzeiro, e Cocão, envolvido em confrontos como a execução de dois membros do CV no Morro do Urubu em 02/06/2025, representam facções em guerra pelo controle de territórios no Rio. A interação entre eles sugere uma tentativa de diálogo ou negociação, algo incomum dado o histórico de conflitos.
