Justiça condena fundador de grupo no Discord por crimes de estupro e incentivo ao suicídio

Por Mariana Carvalho - Rio Janeiro

Publicado há 10 meses ago

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) condenou Pedro Ricardo Conceição da Rocha, conhecido como ‘King do Discord’, a 24 anos e sete meses de prisão. A sentença, proferida no dia 21 de junho, inclui os crimes de associação criminosa, estupro qualificado e coletivo, estupro de vulnerável e corrupção de menores. A decisão foi tomada após denúncia da 2ª Promotoria de Justiça de Cachoeiras de Macacu (RJ).

Entre agosto de 2021 e março de 2023, Pedro Ricardo Conceição da Rocha, juntamente com quatro adolescentes, criou um grupo na plataforma Discord para cometer crimes hediondos contra menores de idade. A plataforma, que permite comunicação em transmissões de vídeos ao vivo, foi usada para aliciar e abusar de crianças e adolescentes.

Conforme a denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), os integrantes da associação criminosa não apenas observavam as vítimas virtualmente, mas também ordenavam, ao vivo e online, que realizassem atos degradantes e perigosos. Sob ameaças de causar mal às vítimas e seus familiares, e de divulgar fotos e vídeos íntimos previamente hackeados, os criminosos forçavam crianças e adolescentes a praticarem automutilação, exposição íntima, zoofilia e atos libidinosos.

“Os integrantes da associação criminosa, dentre eles o denunciado, atuavam não só através da contemplação virtual, mas também pela determinação ao vivo e online de ações proativas de vítimas, crianças e adolescentes, constrangidas sob ameaças de causar mal às vítimas e seus familiares e de divulgação de fotos e vídeos íntimos anteriormente hackeados, a praticarem atos de automutilação, degradação física, exposição íntima, zoofilia e atos libidinosos, colocando em risco a saúde, integridade física e psicológica das vítimas”, ressalta a denúncia do MPRJ.

Os jovens armazenavam e divulgavam fotos e vídeos das atrocidades cometidas. Segundo o MPRJ, os criminosos vasculhavam as redes sociais das vítimas na busca de fotos e vídeos comprometedores, bem como dados pessoais dos menores e seus familiares. As ameaças incluíam a divulgação desses arquivos, atraindo as vítimas para chamadas de vídeo sob coação.

Pedro Ricardo Conceição da Rocha, o ‘King do Discord’, era o líder do grupo, exercendo controle sobre os demais integrantes e direcionando as ações criminosas. Sua influência exacerbava o impacto psicológico sobre as vítimas, que eram coagidas a participar de atos que colocavam em risco sua saúde física e mental.

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