A fabricação, venda e distribuição das chamadas “gel blasters”, armas que disparam bolinhas de gel, estão proibidas em todo o Estado do Rio de Janeiro. A medida está prevista na Lei nº 10.980/25, de autoria original da deputada Tia Ju (REP), aprovada pela Alerj e sancionada pelo governador Cláudio Castro, conforme publicação em edição extra do Diário Oficial da última sexta-feira.
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A decisão foi motivada por uma série de episódios envolvendo o uso indevido dessas armas. A deputada Tia Ju relembrou casos em que pedestres foram atingidos por atiradores, como o de um carroceiro ferido em Campos dos Goytacazes e o de um bebê alvejado enquanto estava no colo da mãe em São Paulo.
— Essa “brincadeira” virou risco para a população, já que jovens e adultos estão simulando confrontos nas ruas, organizando guerras em locais públicos e atirando em pessoas desprevenidas — afirmou Tia Ju.
A parlamentar também alertou que algumas armas têm sido modificadas para se parecerem com armas de fogo reais, o que pode gerar confusão com a polícia e com a população.
O texto também conta com a coautoria de diversos deputados, entre eles Carlos Minc (PSB), Carlinhos BNH (PP), Claudio Caiado (PSD), Dionisio Lins (PP), Elika Takimoto (PT), Marcelo Dino (União), Renato Machado (PT) e Samuel Malafaia (PL).
Nos últimos meses, o uso das “gel blasters” cresceu no estado, com jovens simulando combates inspirados em jogos como Call of Duty e Fortnite. Vestidos com roupas escuras, muitos se reúnem em grupo, circulando a pé ou de moto, e gravam vídeos em comunidades como o Complexo da Maré e a Vila Kennedy, o que tem gerado alerta e apreensão entre moradores e autoridades.
As armas, importadas da China e vendidas entre R$ 290 e R$ 750, são consideradas brinquedos, mas o uso indiscriminado e a semelhança com armas verdadeiras motivaram a proibição definitiva no Rio de Janeiro.
