Moradores de Cabo Frio estão alarmados com a situação crítica que enfrentam: hospitais lotados, focos de água parada e um significativo aumento nos casos de dengue. A denúncia parte da constatação de 212 contaminações entre janeiro e fevereiro, conforme dados divulgados pela prefeitura nesta segunda-feira (4). Esse número representa um aumento cinco vezes maior em relação ao mesmo período do ano passado.
Apesar desse cenário alarmante, a prefeitura alega que Cabo Frio “apresenta baixo risco de infestação do mosquito transmissor”. Contudo, os moradores discordam veementemente. Uma idosa, paciente oncológica, ressalta que, durante um mês de idas ao hospital, percebeu que “a cidade está atravessando um surto de dengue e ninguém se toca”.
As unidades de saúde, tanto públicas quanto particulares, estão lotadas, principalmente com pacientes apresentando sintomas de dengue. Uma moradora denuncia a presença de muitos mosquitos da dengue em sua casa, apontando para a falta de fiscalização e ação efetiva da prefeitura.
O problema se estende a Tamoios, onde os moradores relatam que a ação de combate à dengue, realizada no “Dia D”, não parece ter alcançado aquela região. A população questiona a eficácia dessas medidas e afirma que a situação permanece inalterada, evidenciada por terrenos abandonados com focos de água parada.
Diante das denúncias e do cenário de epidemia decretado pelo governo do Rio de Janeiro, a Secretaria de Saúde de Cabo Frio afirma estar desenvolvendo um plano de contingência. No entanto, os moradores alegam que a realidade nas ruas não reflete essas ações.
A prefeitura emitiu uma nota reforçando seu compromisso em combater a dengue e garantir a saúde da população. Para solicitar uma visita ou fazer denúncias relacionadas à dengue, os cidadãos podem entrar em contato através do número (22) 2646-2506, ramais 2250 e 2248. A situação pede colaboração de cada morador na luta contra a proliferação do mosquito transmissor.
