Uma operação conduzida pela Polícia Federal resultou na prisão preventiva de Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF). A ação aconteceu na manhã desta quarta-feira (9) em Florianópolis e está relacionada a suspeitas de interferência nas eleições de 2022. Silvinei Vasques é acusado de coordenar blitze eleitorais durante o segundo turno do pleito.
Os mandados de prisão foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O ex-diretor-geral da PRF deve ser transferido para Brasília ainda nesta quarta-feira. Além da prisão, foram apreendidos celulares, computador e passaporte de Silvinei Vasques.
As investigações apontam que, no dia do segundo turno das eleições de 2022, a PRF realizou blitze que influenciaram a movimentação de eleitores, especialmente no Nordeste, região onde o então candidato Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.
Na véspera do segundo turno, Silvinei Vasques, então diretor-geral da PRF, declarou publicamente seu voto em Jair Bolsonaro. Por esse episódio, ele é réu por improbidade administrativa.
No domingo do segundo turno, Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata das blitze sob pena de prisão para Silvinei Vasques. No entanto, a ordem foi desrespeitada pela PRF.
A ação, que recebeu o nome de “Constituição Cidadã”, resultou não somente na prisão de Silvinei Vasques, mas também em mandados de busca e apreensão cumpridos em vários estados contra diretores da PRF que atuaram durante a gestão de Vasques. Além disso, a Polícia Federal planeja ouvir simultaneamente 47 membros da PRF como parte dessa operação.
Os crimes investigados incluem prevaricação, violência política e impedimento ou atrapalhamento da votação, que estão previstos na legislação brasileira.
A Polícia Rodoviária Federal informou, por meio de nota, que está colaborando com as investigações e que procedimentos administrativos disciplinares foram abertos para apurar a conduta de Silvinei Vasques durante os acontecimentos investigados.
O ex-diretor-geral da PRF negou irregularidades durante seu depoimento à CPI dos Atos Golpistas. Segundo ele, a atuação da PRF durante as eleições teve como foco garantir a segurança e não houve omissão ou irregularidade em sua condução.
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