Luiz Henrique dos Santos Ferreira, que se apresenta como Pastor Henrique Santini ou Profeta Santini, segue realizando três lives diárias na internet pedindo doações, mesmo após se tornar réu por oito crimes, entre eles charlatanismo, curandeirismo, estelionato e associação criminosa.
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A Operação Blasfêmia, conduzida pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, identificou mais de R$ 1 milhão nas contas do grupo liderado por Santini, valor bloqueado por decisão judicial. As investigações apontam que a organização cobrava até R$ 1,5 mil por “promessas de cura” e “milagres” e movimentou mais de R$ 3 milhões em apenas três meses.
Além do pastor, familiares e pessoas ligadas à igreja Casa dos Milagres, em São Gonçalo, são investigados por possível lavagem de dinheiro. Thuane Pereira dos Santos, mãe do filho de 2 anos de Santini, recebeu 2.600 depósitos em dois meses, totalizando mais de R$ 425 mil, atuando como intermediária financeira da organização.
As apurações mostram que a igreja mantinha cerca de 70 funcionários contratados via internet para atender pedidos de oração e arrecadar valores, com metas financeiras estipuladas. Muitos fiéis, inclusive idosos, foram vítimas, realizando dezenas de depósitos em troca de orações.
Segundo o promotor Bruno Humelino, os crimes cometidos pelo grupo lesam não apenas o patrimônio das vítimas, mas também a confiança na fé e a segurança jurídica da liberdade religiosa. Santini, que atualmente usa tornozeleira eletrônica, se declarou vítima de perseguição religiosa e afirma colaborar com as investigações, negando envolvimento em qualquer crime.